O FBI do Brasil

Isadora Peron, de Brasília, nos atualiza. “A Polícia Federal (PF) vai investigar se os presentes milionários recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de autoridades do regime da Arábia Saudita envolveram algum tipo de contrapartida. Penso que foi um grande comprador de carne bovina do Brasil (os judeus e árabes não comem carne de porco).

Antes de deixar a Presidência, Bolsonaro mobilizou integrantes do governo para tentar reaver o estojo com colar, brincos e outras peças de diamantes, avaliado em aproximadamente RS 16,5 milhões. A operação envolveu ministérios, a chefia da Receita Federal e até um voo da Força Aérea Brasileira (FAB).

Bento Albuquerque, que era ministro de Minas e Energia, chegou a dizer que o pacote seria presente para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Em depoimento à PF, ele afirmou que desconhecia o valor dos objetos e que acreditava que seriam presentes de Estado, que ficariam com a União.

A informação foi antecipada pela colunista Bela Megale: “E este será um inquérito independente do que já foi aberto para apurar as circunstâncias da entrada no país de um conjunto de joias apreendido pela Receita Federal em 2021 e que foi trazido pela comitiva do ex-ministro Bento Albuquerque, que retornava de uma viagem ao país do Oriente Médio”.

Bolsonaro entregou ao Tribunal de Contas da União (TCU) um outro pacote trazido na mesma viagem, mas que não foi retido pelos agentes do fisco. O ex-presidente também teve que devolver armas recebidas dos Emirados Árabes Unidos. Veio à tona a existência de um terceiro conjunto de joias de ouro branco e diamantes, incluindo um relógio Rolex, avaliado em mais de RS 500 mil. O caso foi revelado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. Segundo a reportagem, o conjunto de joias foi recebido em mãos pelo próprio ex-presidente, quando esteve com sua comitiva em viagem oficial a Doha, no Catar, e em Riad, na Arábia Saudita, em outubro de 2019. Naquela ocasião, Bolsonaro teve um almoço oferecido pelo rei saudita Salman Bin Abdulaziz AI Saud.

Curiosamente, os Saud são uma tribo árabe, que inclusive dá nome ao desértico país chamado de Arábia Saudita, riquíssimo em petróleo.

Os itens de luxo foram destinados ao acervo pessoal de Bolsonaro. Em junho do ano passado, o então presidente deu ordens para ter o conjunto, fisicamente, em suas mãos. Ele deixou o governo em dezembro, como se sabe.

Nesse pacote, o que mais chama atenção é o relógio. Em seu site oficial, a Rolex diz que a peça é feita de ouro branco 18 quilates, usando “os metais mais puros, que são meticulosamente analisados em um laboratório da própria Rolex, com auxílio de equipamentos de ponta”.

O aro — também chamado de luneta, cravejado de diamantes, é descrito como uma ” sinfonia brilhante que enaltece o relógio e encanta quem o leva no pulso”. Já a pulseira do relógio é batizada, por coincidência, como ” Presidente”. “De três fileiras de elementos semicirculares, ela foi criada em 1956 para o lançamento do Oyster Perpetual Day-Datel’ , diz a marca. “A pulseira representa o máximo em refinamento e conforto e é sempre feita de metais preciosos cuidadosamente selecionados”.

Enquanto isso, auxiliares de Lula voltaram a dizer que ainda não existe uma previsão de quando o presidente pretende implementar a agenda que tratou com a China. Uma nova data está em análise pelas autoridades chinesas. Nos bastidores, existe a expectativa de ocorrer na primeira quinzena de junho. Espera-se investimentos.

O presidente foi diagnosticado com pneumonia bacteriana e viral por influenza após retornar de viagem ao Rio de Janeiro. Um dia antes, havia cumprido agenda na e em Pernambuco. Apresentando
sintomas de cansaço, Lula foi encaminhado ao Hospital Sírio-Libanês para realização de exames que comprovaram a doença. O presidente deve diminuir seu ritmo intenso de trabalho, doravante, mas seu temperamento não ajuda. Tanto é que viajou à China.

Estavam os portugueses, os primeiros navegantes de mares ” jamais navegados” , a percorrer o litoral do Brasil, segundo o tratado de Tordesilhas, com o aval do papa, entre a Espanha e Portugal, quando em um certo dia de janeiro conforme o calendário gregoriano, passaram pela curta entrada da Baía da Guanabara. Acharam que era a foz de um rio, daí o “rio visto em janeiro” , Rio de Janeiro, pois!

Para finalizar, devemos nos informar a razão da segunda maior cidade do país ser chamada de “Rio de Janeiro”: Eu, curioso incurável, procurei saber e obtive de Lisboa a exata resposta.

 

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