Temos o único governante da terra que ainda considera a Covid-19 uma “gripezinha”
Estamos todos estupefatos. “Ele” semana passada saiu às ruas. (Não acreditem nele, falta-lhe juízo). Isso depois de seu fantástico ministro da Saúde, o senhor Mandetta, ter recomendado a todos os brasileiros ficar em casa, para evitar contágios. O presidente faz questão de ir à rua, apertou mãos e lançou perdigotas de sua boca insensata na cara dos outros. Isso não é coisa que se faça (o Estadão de 30/3/2020). Tudo por egoísmo. Ele teme e até disse que o confinamento vai acabar com o seu governo e sua reeleição tão sonhada.
E dizer que votei nessa pessoa para nos presidir com retidão (isso ele tem) e inteligência criativa, inovadora. Essas qualidades “ELE” não tem, pelo contrário. Age como um sargento de milícias, com brutalidade e destemor, na contramão da ciência, da experiência e do seu próprio governo. Seu paradigma, o senhor Trump, estendeu até 30 de abril o isolamento nos EUA, mudou de opinião. Temos o único governante da terra que ainda considera a Covid-19 uma “gripezinha”.
Tudo indica que não lê jornais, nem vê TV, nem ouve especialistas médicos em infectologia. O que, me digam vocês, o faz ser assim? Será que é portador de alguma patologia mental?
A Itália tem 6,4 mil médicos, 50 morreram. Qual a razão? Saíram para as ruas (corredores) e quartos de hospitais (lojas). Se eu entendo que devo ficar em casa, ainda que isso signifique perda de renda, qual a razão para ele insistir teimosamente em sair às ruas, se expor e nos expor aos riscos de transmissão da doença? Parece até que deseja nos matar, pois não é possível insistir em tratar a pneumonia virótica que o coronavírus causa como um “resfriadinho”. Tudo por ambição política, sem grandeza ética. Ao escrever essas linhas li que na sexta, 27 de março, a Itália saltou de 8.165 mortos para 9.134. Bolsonaro é sobrenome Italiano. E sabem por que lá é tão grande a mortandade? Assim é porque demoraram a decretar o confinamento. Ao contrário, a China isolou uma província inteira do tamanho do Estado de São Paulo e começou a agir. Pequim e Xangai foram poupadas…
Avançando no assunto, a Coreia do Sul e a Alemanha investiram nos testes prévios e no isolamento imediato dos infectados para evitar a transmissão. São as políticas corretas. Incentivar o contágio é caso até de impeachment, pois indica crime de lesa pátria conscientemente praticado, ao colocar em risco a saúde e a vida dos brasileiros para continuar no poder.
O caso é gravíssimo. O doutor Farred Zakaria nos diz que lá em cima, nos EUA, ter-se-á o pior surto de Covid-19 entre os países desenvolvidos, devido a inércia inicial de Trump, que acabou de liberar, à conta do Tesouro, 2 trilhões de dólares, apavorado com o colapso de Nova York.
Em sendo assim, o seu discípulo Bolsonaro poderia, ao menos, não atrapalhar o trabalho do ministro Mandetta, do Ministério da Saúde, que, em consonância com os demais países, insiste na política de isolamento social para evitar a propagação intensiva da praga virótica.
O presidente e o ministro Guedes deveriam ter comprado ou feito aparelhos de respiração e estar trabalhando para amenizar a quebra de empresas e o crescimento do desemprego, que se seguirão no rastro fatídico da pandemia, uma tragédia social anunciada. Agora, na undécima hora, resolveu admitir o óbvio e mandou o seu governo tomar providências, de resto insuficientes.
Ao fim e ao cabo, é de se dizer que a pandemia está no início no Brasil. Nos salva o clima quente. De lado o clima, porém, estamos entrando no período frio, o que pode facilitar o vírus, pois estudos da China e Coreia dizem que temperatura alta para lá de 30 graus centígrados fazem a virose decair em massa. Os países tropicais, portanto, pelo menos nesta pandemia, estão mais protegidos que os do hemisfério norte onde estão Estados Unidos, Europa e Ásia Continental, além do Japão.
Somos um povo com um presidente insensato. Que o Deus de todas as fés nos proteja e alivie os crentes. Para os descrentes, os ateus, que têm os mesmos direitos dos crentes, e na soma formam o povo brasileiro, (parte deles em casas que abrigam até 12 pessoas) devemos seguir as instruções do ministro Mandetta, cujo cargo está em risco. Veremos no futuro o que vai acontecer com ele. É meu candidato em 2022. Não sendo candidato voto no Moro ou no Braga Neto. Bolsonaro nunca mais. Votei “nele” por falta de opção e um fio de esperança, hoje rompido para sempre. Não se brinca com 210 milhões de pessoas impunemente!
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