Sacha Calmon
Advogado, coordenador da especialização em direito tributário da Faculdades Milton Campos, ex-professor titular da UFMG e UFRJ.
Quase um terço de todo o leite produzido no país em 2020 veio de Minas Gerais, que produziu 9,7 bilhões de litros.
O rebanho bovino brasileiro somou 218,15 milhões de cabeças em 2020, 1,5% mais que em 2019 e maior patamar desde 2016 (218,19 milhões), segundo a nova Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estado de Mato Grosso manteve a liderança no segmento, com 32,7 milhões de cabeças (aumento de 2,3% em relação a 2019), seguido por Goiás (23,6 milhões de cabeças). O Pará ultrapassou Minas Gerais e ficou com a terceira posição no ranking estadual, com 22,27 milhões. Segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), o Brasil tem o segundo maior efetivo de bovinos do mundo e é também o segundo maior produtor de carne bovina. Em exportações, é líder. Ainda conforme a pesquisa do IBGE, a produção brasileira de leite cresceu 1,5% em 2020 em relação a 2019 e atingiu o recorde de 35,4 bilhões de litros. Também houve aumento de 30,8% no valor da produção, para R$ 56,5 bilhões.
Quase um terço (27,3%) de todo o leite produzido no país veio de Minas Gerais, que produziu 9,7 bilhões de litros, 2,6% mais que em 2019. O Paraná ocupa o segundo lugar no ranking dos maiores estados produtores, com 4,64 bilhões de litros e 13,1% do total nacional. O Rio Grande do Sul ocupa a terceira posição com 4,29 bilhões de litros em 2020.
O efetivo de galináceos chegou ao recorde de 1,479 bilhão de cabeças em 2020. O número representou uma alta de 1,5% ante 2019, ou 21,7 milhões de animais a mais. Na liderança do ranking dos estados com maior efetivo desde 2005, o Paraná tinha, em 2020, 395,2 milhões de cabeças, um aumento de 2,9% em relação ao ano anterior. O estado respondeu, sozinho, por pouco mais de um quarto do total nacional (26,7%). Na segunda posição veio São Paulo, com 200,6 milhões de cabeças e 13,6% no total nacional no ano passado. Assim, a produção brasileira de ovos de galinha cresceu 3,5% em 2020 no país em relação a 2019, e atingiu o recorde de 4,77 bilhões de dúzias, sempre de acordo com a PPM. O valor de produção subiu 17,4% e chegou a R$ 17,81 bilhões.
Com a pandemia, apontou o IBGE, o ovo foi a proteína animal mais acessível. O Sudeste foi a região com maior participação na produção nacional, com 2,05 bilhões de dúzias, ou 43% do total nacional. Em segundo lugar veio o Sul, com 1,08 bilhão de dúzias e quase um quarto da produção brasileira (22,7%), seguido pelo Nordeste, com 841 milhões de dúzias e fatia de 17,6% do bolo. Sozinho, o estado de São Paulo respondeu por um quarto (25,6%) da produção nacional de ovos, com 1,22 bilhão de dúzias. O volume foi duas vezes superior ao do Paraná, que ficou em segundo lugar, com 450 milhões de dúzias, ou 9,4% do total do país.
Os suínos, 41,1 milhões de cabeças em 2020, 1,4% a mais que em 2019. O Brasil tem o quarto maior plantel de suínos do mundo, e é o quarto maior produtor e exportador de carne suína. Santa Catarina manteve a liderança entre os estados, com 7,8 milhões de cabeças em 2020 e alta de 2,8% na comparação com 2019. Já o município de Toledo, no Paraná, foi o maior produtor, com 1,2 milhão de cabeças, ou 2,9% do total nacional.
A piscicultura, finalmente, cresceu 4,3% no país e chegou a 551,9 toneladas em 2020, segundo a PPM. O principal estado produtor é o Paraná, com 25,4% do total nacional, com destaque para Nova Aurora (PR), que concentrou 3,6% do total. A produção de camarão em cativeiro, por sua vez, teve alta de 14,1%, totalizando 63,2 mil toneladas. Juntos, Rio Grande do Norte e Ceará responderam por quase 70% (68%) da produção no ano passado. O município de Aracati (CE) foi o maior produtor, com 3,9 mil toneladas.
Segundo o IBGE em 2020: Rebanho por milhões de cabeças: Bovinos: 218,2; Bubalinos: 1,5; Equinos: 6; Suínos: 41,1; Caprinos: 12,1; Ovinos: 20,6; Galináceos: 1.479,4. Principal município. Participação no total (%): São Félix do Xingu (PA): 11; Chaves (PA): 12,7; Corumbá (MS): 0,8; Toledo (PR): 2,9; Casa Nova (BA): 4,4; Santa Maria de Jetibá (ES): 1,3.
Deixando de lado as carnes, o Brasil encontra-se entre as primeiras e terceiras colocações quando se trata da soja (em estado natural ou óleo), milho, óleo, algodão (inclusive fios), o que permite ao país se apresentar como agroindustrial, a gerar emprego e renda. No mundo somos os únicos a ter terras ainda disponíveis, sem necessidade de agredir os biomas.
Agora, o que não presta? As políticas de governo, as estradas e ferrovias e portos, que não são de direita ou esquerda, sua, dele, Bolsonaro, paranoica obsessão.
É preciso acabar com essa “guerra fria” entre nós, pois ela deixou de existir no mundo. O que ocorre hoje quando China, Rússia e até o Vietnã são países capitalistas são disputas partidárias e democráticas entre partidos mais próximos do operariado ou mais ligados a partidos xenofóbicos e moralistas em razão da globalização e das grandes migrações.
Ora, ninguém quer vir para o Brasil, estão é saindo. Contudo, o povo mais deixado de lado vota Lula. E se ganhar, toma posse! A terceira via, até agora, é ilusão minoritária!
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