Se a China, em 1482, não tivesse destruído sua frota de guerra com navios quatro vezes maiores que os ocidentais (portugueses, espanhóis, holandeses), a história do mundo talvez fosse outra.
Os Estados Unidos (EUA) – e como os prezamos como democracia ininterrupta, mesmo com Roosevelt se elegendo quatro vezes seguidas a partir de 1931, uma delas de pijama e em cadeira de rodas -, só venceram os povos amarelos uma só vez, pois não entra na conta a época dilargada em que exterminaram, sem piedade, os índios norte-americanos em estado tribal. Eles eram de raça amarela e vieram da Ásia. Pior, celebraram o holocausto indígena nos filmes de Hollywood: os carroções invasores viravam fortalezas com as “gentis” famílias brancas de colonos e seus “pacatos” membros a matar os índios que os rodeavam idiotamente a 20 metros das linhas de tiro.
Bastava aos índios os cercar de longe e deixá-los morrer de fome, sob o sol, ou incendiar as campinas quando o vento estivesse favorável, lançando de longe flechas incendiárias, ou mesmo atirar pedras pesadas nos desfiladeiros, envenenar os poços d´água ou, ainda, tanger os bisões (aquelas manadas de bufalinos atarracados e peludos). Quem exterminou os sioux, os pés pretos, os apaches, os comanches e várias tribos foram mesmo os canhões dos fortes militares e a cavalaria americana, plantados progressivamente do leste para o meio-oeste em pradarias. Genocídio doloso!
A vez que os EUA venceram os amarelos foi contra o Japão na 2ª Guerra Mundial. Na Coreia a guerra ficou no empate e no Vietnã perderam definitivamente, em que pesem as bombas de Napalm que incendiavam pessoas. Os americanos foram expulsos. Bem que os franceses os avisaram. Em Diem Bien Phu, os franceses perderam a milenar Indochina (Laos, Camboja e Vietnã), desde a época do avassalador colonialismo europeu, a dominar e explorar os povos da Ásia, das Américas Central e do Sul e da África. Na China, foi a mesma coisa. Com o fim da 2ª Guerra Mundial, os ocidentalistas pró-EUA, sob o General Chiang Kai-shek, com o apoio de armas e “assistentes” americanos, inclusive divisões militares inteiras, perderam a guerra para o comunista Mao Tsé-Tung. Às pressas, milhões de chineses adeptos de Chiang foram levados para Ilha Formosa (Taiwan). Outra retirada de Dunquerque, porém definitiva.
Se a China, em 1482, não tivesse destruído sua frota de guerra com navios quatro vezes maiores que os ocidentais (portugueses, espanhóis, holandeses), a história do mundo talvez fosse outra. Foi a decisão mais desastrada da história, porque renunciou ao mar-oceano e à sua própria expansão para a África (a Índia não lhe causava mossa pela barreira do Himalaia porque não eram navegantes). O erro chinês, lembra Filipe da Espanha. Ele teria eliminado a língua inglesa se a mais formidanda tempestade no canal da Mancha não tivesse afundado a “invencível armada” da Espanha, decidida a esmagar a Inglaterra, que passou por sérias atribulações.
Toda essa conversa ao pé do fogão é para trazer à baila essa irritante Coreia do Norte, a fustigar o gigante americano. O “homem-foguete”, como a ele se refere o bufão Trump, faz questão de afrontar os americanos. Sabe que a Coreia do Sul e o Japão, proibidos pelos EUA de se rearmarem desde o fim da 2ª Guerra Mundial, estão ao alcance de seus mísseles com ogivas atômicas, guardadas em silos distantes uns dos outros. Somente se destruísse o terreno inteiro da Coreia do Norte, seria possível o desarmamento, missão impossível. A Coreia do Norte, pode até parar seu avanço atômico, mas o que já tem fica. É conhecimento, está adquirido, ninguém mais tira.
De qualquer forma, o povo amarelo colocou o Velho Oriente, o Pacífico Norte e o mar da China como os lugares do mundo onde, doravante, a economia e a cultura tecnológica terão vez. Colocando a Índia na roda, dois terços da humanidade vivem por lá. A civilização começou na África, passou ao Oriente Próximo, foi para o Oriente, voltou-se para a Europa, pulou para a América e agora tornou ao Oriente (para nós, Extremo Oriente).
Mas eis que o jovem ditador da Coreia do Norte deu uma de estadista e estrategista ao convidar a Coreia do Sul a dialogar sobre a paz. A sua proposta é jamais atacar a Coreia do Sul e que haja investimentos garantidos dela no Norte. Não renunciará ao seu poder atômico. Daqui a uns 10 anos, haveria a unificação. A Coreia, além de poderosa economicamente falando, seria também potência nuclear.
A história é fascinante. Há Coreia do Norte e Cuba, comunistas, porque o mundo era dividido entre comunistas e capitalistas, realidade hoje inexistente. Cuba está encurralada com Trump, mas aspira voltar a ser capitalista. A Coreia, ao contrário, pode vir a sê-lo por inteira se quiser. E ainda ser potência nuclear, na cara do Japão, um trunfo geopolítico, pois tanto a do Norte quanto a do Sul foram invadidas e humilhadas pelos nipões em tempos de paz e de guerra. As Coreias não querem ser usadas pelos EUA. Trump ainda não entendeu! Agora deu de chamar o homem-foguete de “honrado”. Papo bobo!
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