Amazon, Apple e Google tiram Parler do ar

As medidas contra Trump e o Parler intensificaram o debate sobre o poder das empresas de tecnologia, num momento em que os críticos as acusam de tentar regulamentar a livre expressão on-line e de censurar vozes conservadoras

 

Em matéria ventilada no jornal Valor Econômico, a Parler restou destruída como seu dono Trump. A Amazon informou à rede social Parler, um foro cada vez mais utilizado pela extrema-direita, que sua manutenção na rede seria suspensa, medida que praticamente garante que ela seja posta off-line.

A iniciativa é a mais recente tentativa de uma empresa de tecnologia de suprimir a incitação à violência na esteira do ataque ao Congresso dos Estados Unidos, em Washington, promovido por uma multidão pró-Trump.

A Apple e o Google tiraram o Parler de suas respectivas lojas de aplicativos, enquanto o Twitter suspendeu a conta do ex-presidente Donald Trump nesse mesmo dia.

A menos que o Parler conseguisse encontrar uma empresa hospedeira alternativa disposta a assumir seus negócios, o site não poderia funcionar após as 23h59 de domingo, no horário do fuso do Pacífico nos Estados Unidos.

As medidas contra Trump e o Parler intensificaram o debate sobre o poder das empresas de tecnologia, num momento em que os críticos as acusam de tentar regulamentar a livre expressão on-line e de censurar vozes conservadoras.

O Parler tinha se tornado uma alternativa ao Twitter muito procurada por conservadores, indignados com o que eles viam como sendo um viés liberal sustentado pela empresa de rede social, de maior porte.

Mas os críticos dizem que ativistas da extrema-direita usaram a plataforma para incitar a violência, defendendo, inclusive, o assassinato do vice-presidente estadunidense Mike Pence…

A equipe de confiança e segurança da Divisão de Nuvem da Amazon, a AWS, escreveu em carta à diretora de política do Parler, Amy Peikoff, que, embora forneça tecnologia aos defensores de opiniões de todo o espectro político, ela ficou “alarmada com as violações reiteradas” de seus termos de serviço referentes à moderação.

“Não podemos fornecer serviços a um cliente incapaz de identificar e de suprimir eficientemente conteúdo que estimule ou incite a violência contra outros”, diz a carta, obtida em primeira mão pela Buzz Feed News e checada pelo Financial Times.

A carta dizia que a AWS esteve em contato com o foro polêmico por “várias semanas”, levando à sua atenção 98 exemplos de mensagens que “claramente estimulam e incitam a violência”. A Amazon não fez outros comentários.

Ao eliminar o Parler, a Apple explicou que respeita a diversidade de pontos de vista, mas que não há lugar “na nossa plataforma para ameaças de violência e atividade ilegal”.

O Parler, que se autodenomina “uma rede de mídia social não tendenciosa”, que visa defender a “livre expressão”, encabeçava o gráfico de downloads na App Store da Apple, após o Twitter ter banido a conta pessoal do presidente Trump.

Em reação, o presidente em fim de mandato divulgou um comunicado dizendo que tinha “negociado com vários outros sites” e examinado a possibilidade “de montar nossa própria plataforma no futuro próximo”.

O executivo-chefe (CEO) do Parler, John Matze, postou no site que a companhia vai recomeçar “do zero” e que encontrará uma nova anfitriã. Disse que o site ficará fora do ar “por até uma semana”.

Qual nada, os brutamontes, exterminadores de índios e adversários, irão para as cucuias. Trump quer armar conspirações, mas será detido.

Ele sugeriu que as iniciativas são “um ataque coordenado das gigantes de tecnologia para matar a competição no mercado”.

Dina Srinivasan, uma estudiosa da legislação antitruste cuja obra tem servido de instrumento para apelos em favor do desmembramento do Facebook, disse ser uma “medida escapatória” para o Parler ventilar a possibilidade de conluio.

“Sugerir que Amazon, Google e Apple tenham coordenado um ataque para silenciar o Parler e Trump é ridículo”, disse a especialista. “É totalmente lógico que qualquer empresa aja de maneira idêntica.”

As medidas das gigantes da tecnologia sugerem que qualquer nova plataforma enfrentará dificuldades para entrar no meio convencional dominante. “As empresas americanas não querem ser cúmplices de uma insurreição”, disse Srinivasan.

Eu, pessoalmente, celebro a destruição de Trump e, logo, de Bolsonaro, outro fascista (que, aliás nada fez pelo Brasil em obras ou projetos. É mais de se gabar, vetar, mandar do que fazer e fazer bem). Saudades de Juscelino (50 anos em cinco). Com Bolsonaro é assim: 12 anos para trás em quatro de desgoverno e falação. É preciso ação, realização, planejamento e respeito ao povo do Brasil! Falou mal da CoronaVac, mas a está importando e aplicando no povo do Brasil. Todavia, antes, debochou da vacina. Em boca calada não entra mosquito nem sai besteira.

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