O Brasil, embora riquíssimo em recursos naturais e com indústria diversificada (oitavo PIB do mundo), é imensamente desigual.
É verdade que o PT de Lula, Dilma e Hadadd esteve no poder 14 anos (há dois anos tivemos um impeachment e Temer, vice, substituiu Dilma). Com ele o país cresceu 2,7%. A antecessora legou-lhe 8,1% de perda do Produto Interno Bruto (PIB). Nesses 14 anos, a pobreza não foi erradicada, diminuiu apenas 0,8%; a educação e a saúde não melhoraram e as tais pessoas que deixaram a miséria absoluta ficaram na pobreza do Bolsa Família (neocoronelismo nordestino do PT).
Para tantos anos de falácia, o que o PT fez é medíocre, menos na corrupção (mensalão, petrolão, empreguismo). Nunca antes neste país, os políticos petistas e seus aliados, ao ocuparem o aparato estatal — além de o aumentarem — roubaram tanto da nação.
Segundo Marcelle Chauvet, da Universidade de Riverside, na Califórnia (Altos Estudos Internacionais – Brasil), o PT, mesmo antes da greve dos caminhoneiros, deixou o Brasil na mais profunda e duradoura recessão (38 meses), precisamente dos segundo trimestre de 2014 ao quarto trimestre de 2016. Para ela, todos os indicadores sociais depois do PT pioraram.
Afora isso, com mais de 800 mil empresas médias e pequenas fechadas, o PT, em sua dubiedade ideológica, gerou no espírito dos brasileiros aversão à política e suposta polarização entre esquerda e direita (ela nota que nenhum partido tem posições claras sobre assunto algum. Todos falam em crescimento econômico, democracia e futuro melhor sem dizer como e quando). O programa de Bolsonaro está na internet.
Em suma, somos um povo amorfo, deformado, ignorante, o que, sem dúvida, é verdade. Mormente quando nos comparam com o Paraguai, o Uruguai, a Argentina e o Chile (Cone Sul), apesar de sermos a oitava economia do mundo, graças, principalmente, ao setor privado, com destaque para o agronegócio, incluindo a agroindústria. Somos tão ricos no agronegócio, na indústria petroleira, nos setores energéticos e da mineração que conseguimos sobreviver, apesar dos políticos e dos governos bisonhos do PT.
Em 2019 — um ano pragmático — será decidido se vamos avante ou nos fixamos para sempre como um país de Terceiro Mundo, dependendo de quem ganhar as eleições, uma vez que todos os partidos, menos o PSL de Bolsonaro, convertido em privatista, e o Partido Novo, os demais são todos viciados em Estado grande, cuidando de tudo: educação, saúde, habitação, mobilidade, emprego, como se fôssemos (e em parte somos) um país socialista estacionário, como Coreia do Norte e Cuba.
Apenas somos, guardadas as proporções, melhor que a Venezuela e a Bolívia. Uma vergonha! A metodologia aqui usada é simples. Divide-se o produto bruto de cada país, não importa o tamanho e a diversidade da economia, pelo número de habitantes. O PIB per capita é então extraído. Somos 212 milhões, nosso PIB per capita é ridículo.
Está tudo errado. O Estado deve se restringir a planejar, licitar e regular. Tudo o mais deve ser aos particulares de início ou por privatização. Que possam se reunir, como os quotistas, acionistas, os cooperados, pouco importa.
Três problemas tem o Brasil: a) ser um Estado grande, republicano e federal. Um governo central sem políticas de continuidade (questão de Estado e não de governo), com 27 estados e 5.570 municípios, entupidos de funcionários parasitas (cerca de 10 milhões); b) ter uma dívida pública rolada a curto prazo, com gostosos juros em prol dos rentistas, a viverem sem riscos dos ganhos financeiros recebidos do Tesouro, em vez de se arriscarem e empreender, atrasando o crescimento econômico. A dívida é cara de rolar. A rolagem é de curto prazo. E o montante do endividamento só faz crescer, chegando a 80% do PIB, daí os monstruosos deficits primários orçamentais; c) possuir um sistema de seguridade falido (saúde, o SUS, assistência social gratuita e previdência social assimétrica).
Quero dizer que ocorrem — no plano previdenciário — duas terríveis distorções. No plano das receitas, a gente do campo, empregados e roceiros, nada recolhem. No caso das despesas, os funcionários públicos e dignitários da República se aposentam cedo, com os mesmos vencimentos da ativa, enquanto o resto, empregadores e empregados, passam a ganhar quantias irrisórias, levando em conta o que ganhavam em atividade, no ato da aposentação. Não chega a ser um nó górdio. São três nós que precisam ser desfeitos à força. O resto é conversa fiada.
O Brasil, embora riquíssimo em recursos naturais e com indústria diversificada (oitavo PIB do mundo), é imensamente desigual. Os governos do PT não reduziram a desigualdade. Para que serviu então o PT? Somente para atrapalhar e confundir. Bolsonaro é o único com vontade e peito para enfrentar o funcionalismo público, feudo do PT (o partido do atraso). Corramos às urnas a bem do Brasil.
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