A PEC do teto foi apenas o começo. A reforma da Previdência é a que importa. Se não for feita, dentro de oito anos o sistema não terá como pagar a ninguém.
Após a aprovação da emenda constitucional que obriga a União e, de forma reflexa, os estados-membros da Federação brasileira e seus municípios, a somente elaborarem orçamentos públicos de valor igual ao do ano anterior acrescido da taxa de inflação nele havida, construímos no Brasil a responsabilidade orçamentária, obra do presidente Temer, que se junta à Lei de Responsabilidade Fiscal de FHC.
Foram precisos três e um quarto de governos do PT — irresponsáveis e demagógicos — para que a disciplina fiscal se instaurasse no Brasil. Temer se fez pronto e convincente. Passou por 366 votos no Congresso Nacional o projeto que enviou, a demonstrar que os representantes do povo estão cientes da gravidade da situação financeira da União, estados e municípios.
Resta agora aos meios de comunicação mostrar e explicar ao povo brasileiro a gravidade da situação. Se dependermos do PT troncho, dos professores alienados das universidades, dos sindicatos (o Brasil é o país com mais sindicatos no mundo), dos movimentos estudantis (inocentes úteis), jamais o povo simples saberá do tamanho da cova que os espera, sem salvação.
Não há contradição entre disciplina orçamentária e fiscal, de um lado, e financiamento de saúde, segurança, educação, imobilidade urbana, de outro. Essa falsa antinomia é o cavalo de batalha que a oposição soltou no terreiro social. Tampouco os que já estão prestes a se aposentar sofreram danos. O Supremo Tribunal Federal (STF) já garante que o aposentando faz jus às normas vigentes ao tempo em que ele alcança os requisitos necessários à aposentação.
Sim, o teto do gasto já é coisa do passado, tanto e quanto o governo Dilma e a pretensa liderança maciça de Lula sobre o povo brasileiro. Este sequer elegeu vereador o filho em São Bernardo e frequenta agora o noticiário policial. Mas há outra batalha à vista, a reforma da Previdência Social (a mais leniente do mundo). Teremos que enfrentar os funcionários públicos que se aposentam pelo mesmo valor que recebem na ativa; os parlamentares, a se aposentarem com vencimentos integrais após 8 anos de exercício da representação popular; os professores universitários que se aposentam com vantagens especiais, não genéricas; os sindicatos hipócritas, livres até de prestarem contas (contam como de exercício o tempo sindical); o Ministério Público, os juízes, das duas ordens de governo da Federação (a federal e a estadual) e as corporações que se incrustaram nos governos: médicos, paramédicos, defensores públicos, auditores fiscais, policiais etc.
Com isso, quero dizer que a reforma da Previdência Social implicará uma guerra mediática entre os setores da elite privilegiada e o povão, submetido ao regime geral, cujo teto remuneratório hoje mal ultrapassa, para poucos, os R$ 5.200. Vamos lutar pelo povo. Temer há de fazer diversos pronunciamentos à Nação para convencer o povo (que se diz dele descrente), para vencer os fortes estamentos da elite, contrários à reforma da Previdência Social.
A PEC do teto foi apenas o começo. A reforma da Previdência é a que importa. Se não for feita, dentro de oito anos o sistema não terá como pagar a ninguém. A União sequer terá dinheiro para a saúde e a educação. O país estará destroçado, sem futuro, pois o PT deixou passar a “janela demográfica”, “rastaquera” como sempre foi, enquanto partido, para homenagear seu oficial cantor Chico Buarque de Holanda. O pai foi um gênio; o filho, um cantador metido a político. Chegou a fazer uma canção louvando os “trombadinhas” ladrões (“non sense”).
Pois bem, sem idade mínima de 65 anos subindo para 67 para se aposentar, sem igualar o setor público ao privado, sem acabar com as aposentarias especiais, por periculosidade e outros motivos, sem acabar com as “professorinhas” se aposentando aos 25 anos de serviços, sem liquidar as duplas e até tríplices aposentadorias e pensões, sem impedir a cumulação de aposentadoria e pensão, só nos restará o abismo que soterra os povos imprevidentes.
Vai doer em muita gente, já perceberam, decerto! É isso aí! Alea jacta est, ou a sorte está lançada. Falaremos muito sobre isso. Há inteligência no Brasil. É possível existir previdência social para todos, inclusive renda mínima de metade do salário mínimo para quem nunca contribuiu… E a mídia haverá de colaborar. Ao cabo, é a Nação que está em causa. Será, tem que ser, um grande e didático debate. Os riscos são os poderes das corporações e a opinião deletéria do PT.
Que todos, desde os bem-intencionados até o povo humilde e trabalhador, fiquem cientes da batalha da reforma da Previdência Social. Dela depende o futuro da Nação e de todos nós. E de nossos filhos e netos. O seguro social sempre foi um contrato entre gerações para nos socorrer na senectude. A grande questão é ser funcional e adequada às circunstâncias e meios de cada Nação. É de se perguntar aos petistas: por que eles estão contra a reforma da Previdência?
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