Temos que inventariar os malfeitos e processar os malfeitores.
O colunista Luiz Carlos Azedo, que conhece a fundo a nossa história e cobre muito bem o que se passa em Brasília, disse outro dia que Haddad repete Dilma, o poste encravado por Lula no Planalto e substituído, por excesso de curtos-circuitos, por Michel Temer (EM, 28/9/2018). Este bem governa. O país cresce, embora pouco, a inflação se mantém baixa, os juros no menor nível, sem intervenções do Banco Central (BC), o desemprego recuando e paz. O presidente, discreto (lançam-lhe pedras gratuitamente), mantém o país nos trilhos da legalidade, como convém à democracia.
Azedo tem razão. Para mim, Haddad foi o pior dos candidatos, como se depreende de sua coluna, já citada. É tão falastrão como o Ciro, rei redivivo da Pérsia e do Ceará. Abriu a boca só para dizer besteiras e teses inconsistentes, emparelhando-se, focinho a focinho, com o vice de Bolsonaro, o mais consistente dos candidatos (seu programa está nas redes sociais). Outro bom foi o Amoêdo, mas com o defeito de não ter uma linguagem popular e contundente. De todo modo já está fora do páreo.
Diz Azedo que Haddad, demagogo como é, iria reduzir os juros bancários à força “como fez a Dilma Rousseff, baixando na marra os spreads bancários”, cujos valores os entendidos dizem decorrer da alta inadimplência dos tomadores e aos depósitos compulsórios que o BC exige dos bancos. Dilma fez isso, segundo Azedo, e o crédito então ficou mais seletivo e retardou investimentos. A Venezuela quase desapareceu com medidas desse jaez.
Prossegue Azedo: “A menina dos olhos da política de estímulo à indústria nacional dos governos Lula e Dilma foi a empresa Sete de Brasil, criada com recursos públicos para fabricação de sondas para a Petrobras. Seu presidente, Pedro Barusco, deu início à série de delações premiadas de executivos e diretores da Petrobras ligados ao escândalo. Espontaneamente, devolveu US$ 100 milhões que havia arrecado de propina, para espanto até dos investigadores. Segundo a Lava-Jato, aproximadamente US$ 700 milhões em propina foram arrecadados pelo PT e agentes públicos da Petrobras e executivos da Sete Brasil em contratos bilionários com os estaleiros Jurong (Aracruz, ES), Brasfels (Angra dos Reis, RJ), Enseada do Paraguaçu (Maragogipe, BA), Ecovix (Rio Grande, RS) e Atlântico Sul (Fortaleza, CE), a maioria hoje em recuperação judicial. O cálculo teve por base 1% de desvios nos contratos dos 21 navios-sondas encomendados pela Sete Brasil a serem fornecidos à Petrobras.”
Haddad teria se jactado de ter comprado 35 mil ônibus escolares. Bem, até acredito nesse número, mas só porque não contestado, pois não vou acreditar numa pessoa como Haddad. A respeito comenta o nosso cronista, cujo nome ilustre “azeda” as mentiras do PT: “Disse que daria atenção especial ao transporte público, repassando a receita arrecadada pela cobrança da Cide – contribuição que incide sobre o preço da gasolina – para os municípios. Ou seja, resgatar o velho pacto automotivo, que deixou em segundo plano o transporte de massas – metrô, trens, VLTs – para favorecer a produção de veículos automotores no ABC, berço histórico do PT. Repetiria outro erro de Dilma, que comprou 3.401 veículos da Volkswagen e da Mercedes-Benz para o Exército, a um custo total de R$ 1,1 bilhão, ou seja, em média, R$ 323,4 mil por viatura. Os modelos comprados são o VW Worker e o Atego. O que foi uma festa nos quartéis no dia da entrega, virou um problema: o 72º Batalhão de Infantaria Motorizada, sediado em Petrolina, que tinha cinco caminhões, por exemplo, agora tem 50 veículos parados, sem recursos para manutenção…”
O PT seria pândego se não fosse antes um partido de líderes mentirosos e ladrões. É só contabilizar os que respondem a processos, estão condenados e até presos. E, no entanto, Zé Dirceu, com pinta de Stalin sem bigode, vive a dizer besteiras por aí, que os jornalistas esquerdistas publicam sem parar. Ainda bem que o Palloci falou – e muito – sobre o gangsterismo do PT.
A Justiça erra em não decretar a cassação do PT. José Dirceu, Benedita e outros estão a falar em tomar o poder na marra (claro que as Forças Armadas não deixarão). Mas isso é incitação à violência política tipificada na Lei de Segurança Nacional (10 anos de prisão e 15 para os cabeças). O Brasil acaba com o PT ou o PT acaba com o Brasil. Vamos agir enquanto há tempo. E esse tempo vem agora, depois das eleições.
Temos que inventariar os malfeitos e processar os malfeitores. Essa mania de “pacificar” a nação nunca deu certo, perpetua a balbúrdia e zera as responsabilidades. Vejam os americanos. Fizeram a maior guerra civil da história, mas resolveram de uma vez por todos o conflito entre o agrarismo escravocrata e a industrialização assalariada, ao custo de vidas sem conta.
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