Uma Previdência mais equilibrada garante fôlego para o crescimento do emprego, da renda e de todo o Brasil.
Os tucanos perderam a rica plumagem e ganham, paulatinamente, cores enegrecidas. FHC é de uma ambiguidade e vaidade proverbiais. Aliás, já decaiu muito da autoridade que antes ostentava. Pois não é que quase a metade de seus quadros quer preservar — elitista como é — os privilégios dos funcionários públicos? Ora essas reformas do Temer, a trabalhista cortou privilégios (as “demandas trabalhistas” grátis e graciosas caíram 90% em todo o país e facilitou a empregabilidade). A reforma da Previdência visa a melhorar a dos “comuns”, empregados e empregadores, e reduzir os privilégios desmesurados dos funcionários públicos.
Aí vem o PSDB e quer proteger os privilegiados. Temer não mexe com quem entrou até 2003 e prevê regras de transição. O PSDB quer retroagir mais 10 anos. Noutras palavras não quer reforma nenhuma. Aliás, o PSDB gosta mesmo de cosméticos. Apenas Alkmin — que é um homem sério — afiança a reforma previdenciária como presidente da sigla e candidato à Presidência. Sem a reforma da Previdência, quem sofre são os mais pobres, por isso, quem é a favor do Brasil defende a reforma. A Nova Previdência equilibra as contas do país e garante que todos possam desfrutar de melhoras na saúde e na educação sem perder a segurança da aposentadoria no futuro.
Esse é o tipo de desequilíbrio que a reforma vai corrigir: a grande maioria de trabalhadores do Brasil ganham R$ 1.500 de aposentadoria; contribuem por até 35 anos para ter o benefício integral; têm teto de R$ 5.645,80 para suas aposentadorias. Eles só têm o reajuste da inflação nos benefícios; causam deficit per capita anual de R$ 5.000 para a Previdência. São 97% dos aposentados e causam 55% do deficit da Previdência.
Alguns, no Brasil, contribuem por só 25 anos e nunca mais que 35 anos para ter a aposentadoria integral; não têm teto para o valor de suas aposentadorias; ganham os mesmos aumentos de quem está na ativa; causam deficit per capita anual de R$ 77.000 para a Previdência; São apenas 3% dos aposentados e causam 45% do deficit. Para esses servidores os proventos da aposentadoria correspondem aos vencimentos da atividade cessante. Em certos casos com os “penduricalhos”.
Esses poucos previdenciários com esses privilégios causam um desequilíbrio insustentável para as contas do país. E se não for corrigido, a tendência é piorar. A nova Previdência reduz privilégios de uma minoria e torna o sistema mais justo para a maioria. Uma Previdência mais equilibrada garante fôlego para o crescimento do emprego, da renda e de todo o Brasil.
Fernando Rocha discorre: “ A queda da presidente Dilma não foi um golpe parlamentar como apregoa o PT e boa parte de esquerda radical. Foi o fim melancólico de um governo que não dispunha mais de instrumentos e soluções para enfrentar o problema fiscal que ele próprio criara. O então vice-presidente Temer e uma boa parte do PMDB perceberam o problema e, com a ajuda do atual ministro das Fazenda, Henrique Meirelles, elaboraram o documento ‘Ponte para o futuro”, que traçou um diagnóstico do problema fiscal e propôs uma solução gradual – a imagem da ponte no título do documento alude a uma travessia”.
A Ponte para o futuro julgou melhor aprovar primeiro a PEC que estabeleceu um teto de gastos para o governo federal, deixando a reforma da Previdência para um segundo momento. No entanto, o plano de ajuste está incompleto, pois não existe possibilidade de cumprir o limite de teto dos gastos públicos sem a reforma da Previdência, a partir de 2019. Este ano essa questão tem que ser resolvida, em favor da maioria do povo brasileiro.
O Brasil vem adiando esse ajuste, mas as opções estão se esgotando. É hora de pensarmos todos unidos a bem da sociedade, sanada essa injusta desigualdade brasileira à hora da aposentação entre funcionários públicos e autoridades políticas em relação aos empresários micros e macros, os empregados e trabalhadores privados. Não existe no mundo tamanho disparate. Devemos nos indignar e sermos fraternos e iguais, quando não por justiça, mas pela matemática. Logo, se não houver mudanças, estaremos com 80% do orçamento comprometido na sustentação dos inativos.
Não se esgota o governo Temer com a reforma da Previdência. Há o plano de remanejamento dos servidores públicos, a reforma tributária, o reforço da segurança nas fronteiras fluviais e terrestres do país, com vistas ao combate à criminalidade. É que a economia do país fechará o ano entre 0,90 e 1,20, a depender do fim dos cálculos do IBGE, foi relançada em 2018 (acabar com as obras inacabadas; outra desgraça dilmista). Teremos crescimento de 3%, pela dinâmica da economia: consumo, investimento, emprego e renda, a roda da virtude. O PSDB pulou fora do governo. Para onde? Para a oposição? Também não. Para cima do muro, como sempre!
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