Opção do eleitor

Chega de improvisos. Que haja esperanças. É preciso amar e redimir o povão em vez de aproveitarem-se dele os demagogos.

Foto: Senado Federal

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A situação econômica do país de 2010 a esta parte é de progressiva deterioração. Bem podemos passar de baixo crescimento para a recessão, segundo alguns analistas. O quadriênio 2010/14 coincide com o governo da presidente Dilma, destituída de experiência política e traquejo econômico, tanto acadêmico quanto profissional. Não estava preparada para governar o país. Foi-nos imposta pelo ex-presidente Lula. Sua eleição deveu-se aos bons ventos internacionais até 2008 e às políticas assistencialistas massivas do PT.

Fato é que, desde a proclamação da República no século 19, passando pela chamada década perdida dos anos 80 do século 20, foi o quadriênio de menor crescimento econômico do país. Dilma foi-nos apresentada como uma excepcional gestora, a “mãe do PAC”, destinada a conduzir a nação a um futuro grandioso de desenvolvimento com igualdade. Contudo, ocorreu exatamente o contrário, pois os resultados do seu governo são desastrosos.

Na área de petróleo e gás, a Petrobras, já vitimada pela roubalheira e o empreguismo herdados de Lula, por ordens expressas de Dilma, passou a represar os reajustes da gasolina, perdendo dois terços do valor nas bolsas de São Paulo e Nova York, o que arrasou o programa do álcool combustível, somente viável se custar nas bombas 70% do preço real dos combustíveis fósseis.

No campo da energia elétrica a presidente quebrou, unilateralmente, contratos de concessão em vigor prometendo preços menores. Na prática, os preços subiram estupidamente e o sistema acumula hoje um prejuízo de
R$ 70 bilhões, que os usuários pagarão em 2015, após as eleições.

A política cambial é controlada pelo governo, rompendo a flutuação cambial instituída no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso. Dilma fez a apreciação do real com três consequências gravíssimas: (a) incentivou as importações e compras de particulares no exterior; (b) desincentivou as exportações; e (c) transformou indústrias em meras importadoras dos produtos que fabricavam.

Sua política de desenvolvimento consistiu em conceder bolsas e auxílios a fundo perdido e dar aumentos do salário mínimo acima da produtividade média da economia, além de incentivar o consumo a qualquer custo, levando o povo a se endividar tão logo a inflação subiu, pois os custos trabalhistas e os impostos pesados sobre receitas brutas, folhas de pagamento e consumo aumentaram os preços dos bens e serviços (inflação), impelindo os juros para 11% ao ano, os quais, por sua vez, encareceram os empréstimos.

Sua resistência comunista em conceder atividades econômicas aos empreendedores, privatizar e fazer parcerias público-privadas resultou em deterioração da educação, da saúde, da mobilidade urbana, da segurança pública e das fronteiras, da infraestrutura em geral (portos, ferrovias, estradas, hidrovias, usinas etc.)

O viés estatista de seu governo e o neopopulismo militante estagnou o país e gerou descrédito dentro e fora. União e estados investiram apenas 3,2% do PIB, quando o necessário é 22% para crescer a 4%. Sem o investimento particular, o país não tem futuro algum. Como votar na reeleição de governo tão inepto, a gastar fortunas em propaganda política, além de alianças partidárias espúrias? (Loteiam os cargos para tirar vantagens).

A política externa de Dilma não tem formulação. A par do apoio aos governos liberticidas do continente: Cuba, Venezuela, Argentina e Bolivia –, não conseguiu reformar o Mercosul, encorpar economicamente o Unasul nem celebrar acordos bilaterais. Os Brics puxam o Brasil para uma política global, em vão! A reaproximação econômica com os EUA se impõe mas não se concretiza. Rússia e China nos cortejam, mas a noiva é desajeitada.

A outra ficaria melhor no Acre, mas tem o orgulho ferido e enorme ambição. Para ela, a morte de Eduardo Campos “não aconteceu por acaso”. Ela é messiânica. Acha que Deus matou Eduardo para ela ser candidata! Marina, além de seu louvável ambientalismo, também não tem nenhuma experiência administrativa nem cultura política. Como ministra, só fez atrapalhar o agronegócio. Seu maior triunfo é ter sido vice de um morto ilustre, esse sim, testado, aprovado, hábil e capaz. Mas os mortos não governam.

Dilma ou Marina, tanto faz, são “farinhas do mesmo saco”. Insistem na velha política com falsas palavras (neopopulismo e estatismo). No caso de Marina, vem de contrabando a intolerância ao empresariado. É arestosa. Brigou com o PT e quis pôr cabresto em Eduardo, sem êxito.

Não porei em risco o futuro do meu país. Não vou desistir do Brasil. Votarei em Aécio. Ele, com o senador Anastasia, governaram bem Minas Gerais, tirando-a do marasmo. Aécio já presidiu o Congresso e tem a política nas veias. Chega de improvisos. Sursum corda diziam os romanos, ou seja, que haja esperança em nossos corações. É preciso amar e redimir o povão em vez dele aproveitarem-se os demagogos.

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